Nosso grupo, Arthur, Pablo e Renato; estamos deixando alguns vídeos informativos, bem interessantes, relacionados ao conteúdo de fibras têxtis e também alguns sites de aprofundamento do conteúdo.
http://www.youtube.com/watch?v=E5roqq0Lw_A&feature=related - Fibras naturais
http://www.youtube.com/watch?v=Sij5rVGCtUw&NR=1- Fibras sintéticas
http://www.youtube.com/watch?v=eipB_1rP9VU - Tecido do futuro
http://www.plastico.com.br/revista/pm412/tecnica/pan01.html - Poliacrilonitrila
http://www.embrapol.com.br/resina.htm - resina poliéster
http://www.wisegeek.com/what-is-rayon.htm - Rayon
http://www.worldlingo.com/ma/enwiki/pt/Acrylic_fiber - Fibra acrílica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Kevlar - Kevlar
Fibras Têxteis
terça-feira, 24 de agosto de 2010
História da Indústria Têxtil no Brasil
O processo de industrialização no Brasil teve seu início com a indústria têxtil. Seu início precede a chegada e a ocupação do País pelos portugueses porquanto os índios que aqui habitavam já exerciam atividades artesanais, utilizando-se de técnicas primitivas de entrelaçamento manual de fibras vegetais e produzindo telas para várias finalidades, inclusive para proteção corporal.
Todavia, partindo-se do princípio de que tudo teria começado com a efetiva ocupação do território brasileiro, ocorrida em 1500, podem ser identificadas quatro etapas importantes para a definição da evolução histórica da indústria têxtil no país: a fase colonial, a fase de implantação, a fase da consolidação e a fase atual que passaremos a analisar na seqüência.
No período colonial, que se estende de 1500 até 1844, a característica fundamental é a incipiência da indústria têxtil, além de sua descontinuidade. As diretrizes da política econômica para as colônias eram ditadas pela Metrópole. Assim, era comum a adoção de políticas de estímulo ou restrição, segundo seus interesses ou necessidade de cumprimento de acordos comerciais com outros países.
Instrumentos restritivos:
Em 1785, por Alvará de d. Maria I, mandou-se fechar todas as fábricas de tecidos de algodão, lã e outras fibras, com exceção daquelas que fabricavam tecidos grosseiros destinados à vestimenta de escravos e para enfardamento ou embalagens. A determinação da extinção das fiações e tecelagens existentes no Brasil tinha como objetivo evitar que um número maior de trabalhadores agrícolas e extrativistas minerais fosse desviado para a indústria manufatureira.
Essa restrição foi posteriormente reforçada em instruções de outros membros do governo da Metrópole, tais como a do ministro dos Negócios Ultramarinos, que determinava ser absolutamente necessário 'abolir do Brasil ditas fabricas', advertindo ao vice-rei Luiz de Vasconcelos e Souza, no sentido de ter "grande cuidado em que debaixo do pretexto dos sobreditos panos grosseiros se não manufaturarem por modo algum os que ficam proibidos".
Em síntese, o famoso Alvará é extremamente representativo do poder coercitivo que exercia a autoridade central colonizadora sobre qualquer esforço de desenvolver-se uma atividade manufatureira, quer por parte dos nativos, quer pelos próprios colonos portugueses.
Com a chegada de Dom João VI ao Brasil, o Alvará de d. Maria I foi revogado, mas o surto industrialista que poderia ter-se verificado não ocorreu. Ao contrário, foi aniquilado em razão de medidas econômicas de interesse da Metrópole que assinara em 1810 um tratado de aliança e comércio com a Inglaterra, instituindo privilégios para os produtos ingleses, reduzindo-se os direitos alfandegários para 15%, taxa essa inferior até mesmo à aplicada para os produtos portugueses que entrassem no Brasil. Com isso, nossa incipiente indústria têxtil não tinha como competir com os tecidos ingleses, perdurando essa situação até 1844, quando novo sistema tarifário veio comandar o processo evolutivo da industrialização brasileira.
Instrumentos de Estímulo:
Em 1844, esboçou-se a primeira política industrial brasileira, quando foram elevadas as tarifas alfandegárias para a média de 30%, fato que provocou protestos de várias nações europeias. A medida propiciou realmente um estímulo à industrialização, especialmente para o ramo têxtil, que foi o pioneiro desse processo.
Contudo, o processo da industrialização não se deu de imediato; ele foi lento, podendo ser considerado o período de 1844 até 1913 como fase de implantação da indústria no Brasil. Em 1864, o Brasil já tinha uma razoável cultura algodoeira, matéria-prima básica da indústria têxtil, mão de obra abundante e um mercado consumidor em crescimento. Outros fatores não econômicos também influenciaram a evolução da indústria têxtil, dentre os quais citam-se: a guerra civil americana, a guerra do Paraguai e a abolição do tráfico de escravos, fato este que resultou na maior disponibilidade de capitais, antes empregados nessa atividade.
Assim, em 1864 estariam funcionando no Brasil 20 fábricas, com cerca de 15.000 fusos e 385 teares. Menos de 20 anos depois, ou seja, em 1881, aquele total cresceria para 44 fábricas e 60.000 fusos, gerando cerca de 5.000 empregos. Nas décadas seguintes, houve uma aceleração do processo de industrialização e, às vésperas da I Guerra Mundial, contávamos com 200 fábricas, que empregavam 78.000 pessoas.
Como vimos anteriormente, no início da I Guerra Mundial o Brasil já dispunha de um importante parque têxtil. A guerra pode ser considerada como fator decisivo na consolidação da indústria têxtil brasileira. A limitação da capacidade do País de importar propiciou a oportunidade de crescimento da produção interna no vácuo deixado pelo não suprimento externo de tecidos. Assim, a interrupção do fluxo de entrada de artigos oriundos do exterior, pela concentração dos Países europeus e Estados Unidos no esforço da guerra, funcionou como elemento de estímulo para o crescimento da indústria brasileira. Segundo dados do IBGE, em 1919, a indústria têxtil contava com 105.116 trabalhadores, o que representava 38,1% do contingente empregado nas indústrias de transformação.
Com o fim do conflito na década de 20, novamente arrefeceu a atividade têxtil pela retomada das importações de tecidos diante da dificuldade de competição com os similares estrangeiros que eram vendidos no Brasil a preços inferiores aos que eram cobrados em seus países de origem.
Em 1929, a grande crise que se abateu sobre a economia mundial propiciou nova oportunidade de crescimento da indústria brasileira, a exemplo do que havia ocorrido durante a I Guerra. A capacidade de importação foi drasticamente reduzida, levando praticamente todos os países a adotarem políticas de substituição dos importados pela produção interna das mercadorias necessárias a seu abastecimento.
Esse processo foi aprofundado pela eclosão da II Guerra Mundial, período em que ocorreram realmente excepcionais alterações na estrutura industrial brasileira. Como os fornecedores tradicionais do Brasil estavam envolvidos no conflito, abriu-se a possibilidade de o mercado ser suprido por meio do incremento da produção interna, com o surgimento de muitas fábricas em praticamente todos os setores da atividade manufatureira. No ramo têxtil, as fábricas se ampliaram, passando a operar com mais de um turno de trabalho e produzindo mais para atender o mercado interno e, ainda, exportando para mercados importantes, principalmente da Europa e dos Estados Unidos.
O número de operários ocupados no ramo têxtil triplicou no período de 1920 a 1940. A participação do setor no Produto Industrial atingiu 23,1%, o que bem demonstra o nível de pujança alcançado no período.
Todavia, terminado o conflito mundial, novamente o setor retornou à situação anterior. Com a normalização paulatina do mercado internacional, perdemos nossos clientes externos e as exportações caíram a níveis insignificantes. De uma média anual de cerca de 24 mil toneladas de tecidos de algodão exportados no período de 1942 a 1947, caímos para 1.596 toneladas em 1951, que se reduziram a quase nada nos anos seguintes. Os investimentos foram travados e o obsoletismo do equipamento em uso ficou patente.
A segunda metade dos anos 50 marca, todavia, o início da fase industrial brasileira em processo acelerado, com ênfase para os setores mais dinâmicos e não tradicionais. Nessa fase, o setor têxtil, por influência sistêmica do desenvolvimento industrial da época, também começou a passar por grandes transformações. É assim que, a partir de 1970, incentivos fiscais e financeiros administrados pelo CDI - Conselho de Desenvolvimento Industrial, órgão do Ministério da Indústria e Comércio, possibilitou um movimento de fortes investimentos em modernização e ampliação da indústria têxtil, com vista, principalmente, ao aumento das exportações brasileiras de produtos têxteis.
Em célebre reunião realizada na sede do Sindicato da Indústria de Fiação e Tecelagem do Estado de São Paulo, o então Ministro da Fazenda, Antonio Delfim Netto, desafiou o setor a exportar 100 milhões de dólares por ano em manufaturados têxteis. Realmente, as exportações têxteis, que tinham alcançado apenas 42 milhões de dólares em 1970, deslancharam continuamente, atingindo US$ 535 milhões em 1975, US$ 916 milhões em 1980, US$ 1,0 bilhão em 1985, US$1,2 bilhões em 1990 e US$1,5 bilhão em 1992.
A partir de 1993, porém, nossas vendas externas novamente regrediram, agora por conta das novas e profundas transformações ocorridas na economia e na política brasileira, tais como a abertura do mercado interno aos fornecedores externos, iniciada em 1990, a eliminação de entraves burocráticos às importações, a redução das tarifas aduaneiras, etc., as quais ocasionaram o fechamento de muitas empresas e obrigaram o setor a investir fortemente na sua modernização para reduzir custos e poder competir com os produtos importados. Mas esta já é outra parte da história que pretendemos contar por meio dos números e comentários alinhados no Relatório Setorial da Indústria Têxtil Brasileira, intitulado "Brasil Têxtil 2002", que, orgulhosamente, o IEMI oferece a todos os que labutam nestes setores.
Todavia, partindo-se do princípio de que tudo teria começado com a efetiva ocupação do território brasileiro, ocorrida em 1500, podem ser identificadas quatro etapas importantes para a definição da evolução histórica da indústria têxtil no país: a fase colonial, a fase de implantação, a fase da consolidação e a fase atual que passaremos a analisar na seqüência.
No período colonial, que se estende de 1500 até 1844, a característica fundamental é a incipiência da indústria têxtil, além de sua descontinuidade. As diretrizes da política econômica para as colônias eram ditadas pela Metrópole. Assim, era comum a adoção de políticas de estímulo ou restrição, segundo seus interesses ou necessidade de cumprimento de acordos comerciais com outros países.
Instrumentos restritivos:
Em 1785, por Alvará de d. Maria I, mandou-se fechar todas as fábricas de tecidos de algodão, lã e outras fibras, com exceção daquelas que fabricavam tecidos grosseiros destinados à vestimenta de escravos e para enfardamento ou embalagens. A determinação da extinção das fiações e tecelagens existentes no Brasil tinha como objetivo evitar que um número maior de trabalhadores agrícolas e extrativistas minerais fosse desviado para a indústria manufatureira.
Essa restrição foi posteriormente reforçada em instruções de outros membros do governo da Metrópole, tais como a do ministro dos Negócios Ultramarinos, que determinava ser absolutamente necessário 'abolir do Brasil ditas fabricas', advertindo ao vice-rei Luiz de Vasconcelos e Souza, no sentido de ter "grande cuidado em que debaixo do pretexto dos sobreditos panos grosseiros se não manufaturarem por modo algum os que ficam proibidos".
Em síntese, o famoso Alvará é extremamente representativo do poder coercitivo que exercia a autoridade central colonizadora sobre qualquer esforço de desenvolver-se uma atividade manufatureira, quer por parte dos nativos, quer pelos próprios colonos portugueses.
Com a chegada de Dom João VI ao Brasil, o Alvará de d. Maria I foi revogado, mas o surto industrialista que poderia ter-se verificado não ocorreu. Ao contrário, foi aniquilado em razão de medidas econômicas de interesse da Metrópole que assinara em 1810 um tratado de aliança e comércio com a Inglaterra, instituindo privilégios para os produtos ingleses, reduzindo-se os direitos alfandegários para 15%, taxa essa inferior até mesmo à aplicada para os produtos portugueses que entrassem no Brasil. Com isso, nossa incipiente indústria têxtil não tinha como competir com os tecidos ingleses, perdurando essa situação até 1844, quando novo sistema tarifário veio comandar o processo evolutivo da industrialização brasileira.
Instrumentos de Estímulo:
Em 1844, esboçou-se a primeira política industrial brasileira, quando foram elevadas as tarifas alfandegárias para a média de 30%, fato que provocou protestos de várias nações europeias. A medida propiciou realmente um estímulo à industrialização, especialmente para o ramo têxtil, que foi o pioneiro desse processo.
Contudo, o processo da industrialização não se deu de imediato; ele foi lento, podendo ser considerado o período de 1844 até 1913 como fase de implantação da indústria no Brasil. Em 1864, o Brasil já tinha uma razoável cultura algodoeira, matéria-prima básica da indústria têxtil, mão de obra abundante e um mercado consumidor em crescimento. Outros fatores não econômicos também influenciaram a evolução da indústria têxtil, dentre os quais citam-se: a guerra civil americana, a guerra do Paraguai e a abolição do tráfico de escravos, fato este que resultou na maior disponibilidade de capitais, antes empregados nessa atividade.
Assim, em 1864 estariam funcionando no Brasil 20 fábricas, com cerca de 15.000 fusos e 385 teares. Menos de 20 anos depois, ou seja, em 1881, aquele total cresceria para 44 fábricas e 60.000 fusos, gerando cerca de 5.000 empregos. Nas décadas seguintes, houve uma aceleração do processo de industrialização e, às vésperas da I Guerra Mundial, contávamos com 200 fábricas, que empregavam 78.000 pessoas.
Como vimos anteriormente, no início da I Guerra Mundial o Brasil já dispunha de um importante parque têxtil. A guerra pode ser considerada como fator decisivo na consolidação da indústria têxtil brasileira. A limitação da capacidade do País de importar propiciou a oportunidade de crescimento da produção interna no vácuo deixado pelo não suprimento externo de tecidos. Assim, a interrupção do fluxo de entrada de artigos oriundos do exterior, pela concentração dos Países europeus e Estados Unidos no esforço da guerra, funcionou como elemento de estímulo para o crescimento da indústria brasileira. Segundo dados do IBGE, em 1919, a indústria têxtil contava com 105.116 trabalhadores, o que representava 38,1% do contingente empregado nas indústrias de transformação.
Com o fim do conflito na década de 20, novamente arrefeceu a atividade têxtil pela retomada das importações de tecidos diante da dificuldade de competição com os similares estrangeiros que eram vendidos no Brasil a preços inferiores aos que eram cobrados em seus países de origem.
Em 1929, a grande crise que se abateu sobre a economia mundial propiciou nova oportunidade de crescimento da indústria brasileira, a exemplo do que havia ocorrido durante a I Guerra. A capacidade de importação foi drasticamente reduzida, levando praticamente todos os países a adotarem políticas de substituição dos importados pela produção interna das mercadorias necessárias a seu abastecimento.
Esse processo foi aprofundado pela eclosão da II Guerra Mundial, período em que ocorreram realmente excepcionais alterações na estrutura industrial brasileira. Como os fornecedores tradicionais do Brasil estavam envolvidos no conflito, abriu-se a possibilidade de o mercado ser suprido por meio do incremento da produção interna, com o surgimento de muitas fábricas em praticamente todos os setores da atividade manufatureira. No ramo têxtil, as fábricas se ampliaram, passando a operar com mais de um turno de trabalho e produzindo mais para atender o mercado interno e, ainda, exportando para mercados importantes, principalmente da Europa e dos Estados Unidos.
O número de operários ocupados no ramo têxtil triplicou no período de 1920 a 1940. A participação do setor no Produto Industrial atingiu 23,1%, o que bem demonstra o nível de pujança alcançado no período.
Todavia, terminado o conflito mundial, novamente o setor retornou à situação anterior. Com a normalização paulatina do mercado internacional, perdemos nossos clientes externos e as exportações caíram a níveis insignificantes. De uma média anual de cerca de 24 mil toneladas de tecidos de algodão exportados no período de 1942 a 1947, caímos para 1.596 toneladas em 1951, que se reduziram a quase nada nos anos seguintes. Os investimentos foram travados e o obsoletismo do equipamento em uso ficou patente.
A segunda metade dos anos 50 marca, todavia, o início da fase industrial brasileira em processo acelerado, com ênfase para os setores mais dinâmicos e não tradicionais. Nessa fase, o setor têxtil, por influência sistêmica do desenvolvimento industrial da época, também começou a passar por grandes transformações. É assim que, a partir de 1970, incentivos fiscais e financeiros administrados pelo CDI - Conselho de Desenvolvimento Industrial, órgão do Ministério da Indústria e Comércio, possibilitou um movimento de fortes investimentos em modernização e ampliação da indústria têxtil, com vista, principalmente, ao aumento das exportações brasileiras de produtos têxteis.
Em célebre reunião realizada na sede do Sindicato da Indústria de Fiação e Tecelagem do Estado de São Paulo, o então Ministro da Fazenda, Antonio Delfim Netto, desafiou o setor a exportar 100 milhões de dólares por ano em manufaturados têxteis. Realmente, as exportações têxteis, que tinham alcançado apenas 42 milhões de dólares em 1970, deslancharam continuamente, atingindo US$ 535 milhões em 1975, US$ 916 milhões em 1980, US$ 1,0 bilhão em 1985, US$1,2 bilhões em 1990 e US$1,5 bilhão em 1992.
A partir de 1993, porém, nossas vendas externas novamente regrediram, agora por conta das novas e profundas transformações ocorridas na economia e na política brasileira, tais como a abertura do mercado interno aos fornecedores externos, iniciada em 1990, a eliminação de entraves burocráticos às importações, a redução das tarifas aduaneiras, etc., as quais ocasionaram o fechamento de muitas empresas e obrigaram o setor a investir fortemente na sua modernização para reduzir custos e poder competir com os produtos importados. Mas esta já é outra parte da história que pretendemos contar por meio dos números e comentários alinhados no Relatório Setorial da Indústria Têxtil Brasileira, intitulado "Brasil Têxtil 2002", que, orgulhosamente, o IEMI oferece a todos os que labutam nestes setores.
Fibras naturais modificadas
Os primeiro passos que conduziram ao aproveitamento têxtil da celulose existente na madeira foram dados no final do século XIX por Louis-Marie-Hilaire Bernigaud, conde de Chardonnet. Ele havia sido discípulo de Louis Pasteur, cujos trabalhos sobre a seda influenciaram-no a desenvolver uma pesquisa buscando descobrir um método para produzir seda artificial. Numa de suas tentativas, Chardonnet fez com que o colódio (nitrato de celulose, misturado com álcool e éter) atravessasse pequenos orifícios. O material saía sob a forma de fios e caía diretamente em uma solução de ácido nítrico, sendo transferido, a seguir, para outra de hidrogenossulfeto de sódio. O produto, conhecido na época como "seda de Chardonnet", constituía-se na realidade de fibras de celulose, que fora regenerada quando o nitrato de celulose tomou contato com as mencionadas soluções.
Esse processo, executado modernamente com algumas variações, permite obter fibras celulósicas conhecidas como rayon ou viscose (o nome varia, dependendo dos reagentes usados no processo). Essencialmente, a celulose é convertida, por meio de reações químicas apropriadas, em um intermediário plástico que, após ser transformado em finíssimos fios pelo processo de extrusão, é novamente reconvertido em celulose.
Viscose é uma fibra artificial de celulose, fabricada a partir de cavacos de madeira de árvores pouco resinosas ou do línter da semente do algodão. É formada uma pasta celulósica que por extrusão em fieiras e com o contato de outras soluções é feita a fibra. Em 1905, a Courtauld's começou a produzir raiom de viscose. A viscose é utilizada em malhas, vestidos, casacos, blusas e trajes desportivos. Também conhecido como Seda Javanesa (em mistura com o acetato). Macia e agradável para o verão; absorve bem a umidade e a transpiração; resiste bem à luz e às traças; torna-se pouco resistente quando molhada; encolhe e amarrota com facilidade; sensível ao ácido acético; amarela e desbota com a transpiração; queima com facilidade.
A extrusão é um processo de produção de componentes mecânicos de forma semi-contínua onde o material é forçado através de uma matriz adquirindo assim a forma pré determinada pelo projetista da peça. Os produtos resultantes do processo de extrusão em geral são quadros de janelas e portas, trilhos para portas deslizantes, tubos de várias seções transversais e formas arquitetônicas. Produtos extrudados podem ser cortados nos tamanhos desejados para gerarem peças, como maçanetas, trancas e engrenagens.
Em operação combinada com forjamento pode gerar componentes para automóveis, bicicletas, motocicletas, maquinário pesado e equipamento de transporte.Utilizado também para a produção de tijolos vazados de cerâmica. Os materiais mais utilizados no processo de extrusão podem ser o Alumínio, cobre, aço, magnésio, chumbo e polímeros em geral.
Esse processo, executado modernamente com algumas variações, permite obter fibras celulósicas conhecidas como rayon ou viscose (o nome varia, dependendo dos reagentes usados no processo). Essencialmente, a celulose é convertida, por meio de reações químicas apropriadas, em um intermediário plástico que, após ser transformado em finíssimos fios pelo processo de extrusão, é novamente reconvertido em celulose.
Viscose é uma fibra artificial de celulose, fabricada a partir de cavacos de madeira de árvores pouco resinosas ou do línter da semente do algodão. É formada uma pasta celulósica que por extrusão em fieiras e com o contato de outras soluções é feita a fibra. Em 1905, a Courtauld's começou a produzir raiom de viscose. A viscose é utilizada em malhas, vestidos, casacos, blusas e trajes desportivos. Também conhecido como Seda Javanesa (em mistura com o acetato). Macia e agradável para o verão; absorve bem a umidade e a transpiração; resiste bem à luz e às traças; torna-se pouco resistente quando molhada; encolhe e amarrota com facilidade; sensível ao ácido acético; amarela e desbota com a transpiração; queima com facilidade.
A extrusão é um processo de produção de componentes mecânicos de forma semi-contínua onde o material é forçado através de uma matriz adquirindo assim a forma pré determinada pelo projetista da peça. Os produtos resultantes do processo de extrusão em geral são quadros de janelas e portas, trilhos para portas deslizantes, tubos de várias seções transversais e formas arquitetônicas. Produtos extrudados podem ser cortados nos tamanhos desejados para gerarem peças, como maçanetas, trancas e engrenagens.
Em operação combinada com forjamento pode gerar componentes para automóveis, bicicletas, motocicletas, maquinário pesado e equipamento de transporte.Utilizado também para a produção de tijolos vazados de cerâmica. Os materiais mais utilizados no processo de extrusão podem ser o Alumínio, cobre, aço, magnésio, chumbo e polímeros em geral.
Fibras sintéticas
Para suprir a necessidade de fibras têxteis resistentes e baratas, surgiram as fibras sintéticas, que são polímeros artificiais, moldados na forma de fios, com os quais se fabricam os tecidos. O náilon, inventado em 1938, provocou um verdadeiro alvoroço no mercado estadunidense daquela época, particularmente entre as mulheres, já que as meias de náilon eram mais baratas que as de seda, não amassavam e secavam mais rápidos.
Dacron, Mylar e Terilene são alguns nomes comerciais empregados para designar um material sintético mais conhecido como poliéster. Tecidos feitos com fibras têxteis desse polímero são muito usados para confeccionar velas de barco, guarda-chuvas e capas impermeáveis. Trata-se de um material difícil de ser tingido depois de pronto e, por isso, costuma-se adicionar o corante durante a fabricação do fio. O poliéster corresponde atualmente à maior parte do total de fibras têxteis artificiais produzidas mundialmente. Ao tecê-lo juntamente co algodão, obtém-se em tecido misto largamente utilizado para fazer ternos, calças, coletes, etc.
Assim como o náilon, o poliéster também pode ser moldado de outras maneiras, que não sob a forma de fios. Os filmes fotográficos e cinematográficos, bem como as fitas para gravadores cassete e videocassete, são fabricados com uma película de poliéster. O mesmo acontece com as garrafas descartáveis de refrigerantes (garrafas PET) e muitas das escovas e vassouras plásticas.
Poliamida: Leve e macia; não encolhe e nem deforma; resistente ao uso, aos fungos e às traças; de fácil tratamento e seca rapidamente; sensível à luz; tem tendência a reter poeira e sujeira; mancha com facilidade; não absorve umidade; aquece pouco; favorece a transpiração do corpo; encolhe com o calor; não resiste a produtos químicos.
Poliéster: Boa resistência à luz e ao uso; não enruga; boa elasticidade; resiste a maior parte dos produtos químicos; de fácil tratamento e seca rapidamente; áspero; tem tendência a formar "bolinhas" com o uso; desbota quando exposto ao sol; encolhe com o calor.
Acrílico: Macio, leve e quente; não enruga; boa resistência à luz, às traças e a maior parte dos produtos químicos; não encolhe; de fácil tratamento; forma "bolinhas" com o uso; sensível ao calor e a produtos químicos; queima com facilidade.
O náilon consiste, também, no mais conhecido representante de uma categoria de materiais chamados poliamidas, que apresentam ótima resistência ao desgaste e ao tracionamento. Um dos mais modernos membros da família das poliamidas, o kevlar, destaca-se como um dos materiais sintéticos mais resistentes conhecidos atualmente: coletes à prova de balas e luvas isolantes térmicas, usadas por operadores de maçaricos e bombeiros, são fabricados com kevlar.
O náilon foi concebido na tentativa de se produzir uma substância artificial cuja estrutura se assemelhasse à das proteínas, proteínas que são polímeros naturais. Em sua estrutura ocorre a repetição de um agrupamento característico de átomos, chamado grupo amida. O náilon e as demais poliamidas podem também ser moldados sob outras formas além de fios, possibilitando a confecção de objetos. Nesse sentido, é comum encontrarmos buchas para parafusos, engrenagens e pulseiras para relógios fabricadas com náilon.
Dacron, Mylar e Terilene são alguns nomes comerciais empregados para designar um material sintético mais conhecido como poliéster. Tecidos feitos com fibras têxteis desse polímero são muito usados para confeccionar velas de barco, guarda-chuvas e capas impermeáveis. Trata-se de um material difícil de ser tingido depois de pronto e, por isso, costuma-se adicionar o corante durante a fabricação do fio. O poliéster corresponde atualmente à maior parte do total de fibras têxteis artificiais produzidas mundialmente. Ao tecê-lo juntamente co algodão, obtém-se em tecido misto largamente utilizado para fazer ternos, calças, coletes, etc.
Assim como o náilon, o poliéster também pode ser moldado de outras maneiras, que não sob a forma de fios. Os filmes fotográficos e cinematográficos, bem como as fitas para gravadores cassete e videocassete, são fabricados com uma película de poliéster. O mesmo acontece com as garrafas descartáveis de refrigerantes (garrafas PET) e muitas das escovas e vassouras plásticas.
Poliamida: Leve e macia; não encolhe e nem deforma; resistente ao uso, aos fungos e às traças; de fácil tratamento e seca rapidamente; sensível à luz; tem tendência a reter poeira e sujeira; mancha com facilidade; não absorve umidade; aquece pouco; favorece a transpiração do corpo; encolhe com o calor; não resiste a produtos químicos.
Poliéster: Boa resistência à luz e ao uso; não enruga; boa elasticidade; resiste a maior parte dos produtos químicos; de fácil tratamento e seca rapidamente; áspero; tem tendência a formar "bolinhas" com o uso; desbota quando exposto ao sol; encolhe com o calor.
Acrílico: Macio, leve e quente; não enruga; boa resistência à luz, às traças e a maior parte dos produtos químicos; não encolhe; de fácil tratamento; forma "bolinhas" com o uso; sensível ao calor e a produtos químicos; queima com facilidade.
Náilon
Apesar de ter sido a primeira fibra têxtil sintética produzida, o náilon continua, até hoje, entre as mais importantes. A partir de fios desse polímero fabricam-se velcro e tecidos usados em meias femininas, roupas íntimas, maiôs e biquínis.
O náilon consiste, também, no mais conhecido representante de uma categoria de materiais chamados poliamidas, que apresentam ótima resistência ao desgaste e ao tracionamento. Um dos mais modernos membros da família das poliamidas, o kevlar, destaca-se como um dos materiais sintéticos mais resistentes conhecidos atualmente: coletes à prova de balas e luvas isolantes térmicas, usadas por operadores de maçaricos e bombeiros, são fabricados com kevlar.
O náilon foi concebido na tentativa de se produzir uma substância artificial cuja estrutura se assemelhasse à das proteínas, proteínas que são polímeros naturais. Em sua estrutura ocorre a repetição de um agrupamento característico de átomos, chamado grupo amida. O náilon e as demais poliamidas podem também ser moldados sob outras formas além de fios, possibilitando a confecção de objetos. Nesse sentido, é comum encontrarmos buchas para parafusos, engrenagens e pulseiras para relógios fabricadas com náilon.
violão com corda de náilon
A lã e a seda
A lã, produzida por carneiros, e a seda, elaborada pelo bicho-da-seda, são fibras têxteis naturais compostas por proteínas (polímeros naturais formados a partir de monômeros chamados aminoácidos). Possuem excelentes qualidades, como maciez, beleza e resistência. A lã e a seda, como consistem de proteínas, são mais caros que o algodão, linho, a juta, rayon e viscose, já que estes consistem em celulose. São materiais mais caros devido a lenta fabricação natural.
O tecido feito de lã serve como isolante térmico, não esquenta tanto sob o sol (mantém a temperatura do corpo em média 5 a 8 graus mais baixa em comparação com tecidos sintéticos expostos ao sol), "respira" no corpo, é naturalmente elástico, portanto mais confortável e não amassa. Agora vamos colocar alguns tipos de lã. Há pelo menos 1400 raças adaptadas às condições mais adversas do mundo. As mais conhecidas são:
Merino:É uma das raças mais antigas de ovinos, sendo que produz a lã mais fina e valiosa. O comprimento da mecha varia de cinco a dez centímetros.
Polwarth ou Ideal: Este tipo de ovino foi obtido através do cruzamentos de carneiros de raça inglesa Lincoln (de lã grossa) com ovelhas Merino (de lã fina e com limitado comprimento).
Corriedale: Ovinos criados na Nova Zelândia, por cruzamento da raça Merino de lã fina com a raça Lincoln. Sua lã é denominada “Cruza Fina” que corresponde à classificação de Prima B e Cruza 1 para fêmeas e Cruzas 1 e 2 para machos.
A seda é uma fibra proteica usada na indústria têxtil. Obtém-se a partir dos casulos do bicho-da-seda por um processo designado de sericicultura. A fibra de seda natural é um filamento contínuo da proteína, produzido pelas lagartas de certos tipos de mariposas, sendo uma das matérias-primas mais caras. As lagartas expelem através das glândulas o líquido da seda (a fibroína) envolvido por uma goma (a sericina) que se solidificam imediatamente quando em contato com o ar. Aplicações: tecidos de seda devido a sua leveza, brilho e maciez. São usados principalmente em camisas, vestidos, blusas, gravatas, xailes, luvas, etc...
A seda tem uma aparência cintilante, devido à estrutura triangular da fibra, parecida com um prisma, que refrata a luz.
Acredita-se que os chineses começaram a produzir seda por volta do ano 2.700 a.C. Reza a lenda que a Imperatriz Si Ling Chi descobriu a seda quando um casulo de bicho-da-seda caiu de uma amoreira dentro de sua xícara de chá. Depois de experimentar algumas vezes, ela finalmente conseguiu tecer o filamento da seda em um pedaço de tecido.
A seda era considerada a mais valiosa mercadoria da China, e gerou a famosa Rota da Seda, a mais importante rota comercial da época. A manufatura da seda era um segredo de estado, muito bem guardado até 300 d.C., quando se tornou conhecida na Índia, ou seja 3000 anos após sua descoberta pelos chineses.
O tecido feito de lã serve como isolante térmico, não esquenta tanto sob o sol (mantém a temperatura do corpo em média 5 a 8 graus mais baixa em comparação com tecidos sintéticos expostos ao sol), "respira" no corpo, é naturalmente elástico, portanto mais confortável e não amassa. Agora vamos colocar alguns tipos de lã. Há pelo menos 1400 raças adaptadas às condições mais adversas do mundo. As mais conhecidas são:
Merino:É uma das raças mais antigas de ovinos, sendo que produz a lã mais fina e valiosa. O comprimento da mecha varia de cinco a dez centímetros.
Polwarth ou Ideal: Este tipo de ovino foi obtido através do cruzamentos de carneiros de raça inglesa Lincoln (de lã grossa) com ovelhas Merino (de lã fina e com limitado comprimento).
Corriedale: Ovinos criados na Nova Zelândia, por cruzamento da raça Merino de lã fina com a raça Lincoln. Sua lã é denominada “Cruza Fina” que corresponde à classificação de Prima B e Cruza 1 para fêmeas e Cruzas 1 e 2 para machos.
A seda é uma fibra proteica usada na indústria têxtil. Obtém-se a partir dos casulos do bicho-da-seda por um processo designado de sericicultura. A fibra de seda natural é um filamento contínuo da proteína, produzido pelas lagartas de certos tipos de mariposas, sendo uma das matérias-primas mais caras. As lagartas expelem através das glândulas o líquido da seda (a fibroína) envolvido por uma goma (a sericina) que se solidificam imediatamente quando em contato com o ar. Aplicações: tecidos de seda devido a sua leveza, brilho e maciez. São usados principalmente em camisas, vestidos, blusas, gravatas, xailes, luvas, etc...
A seda tem uma aparência cintilante, devido à estrutura triangular da fibra, parecida com um prisma, que refrata a luz.
Acredita-se que os chineses começaram a produzir seda por volta do ano 2.700 a.C. Reza a lenda que a Imperatriz Si Ling Chi descobriu a seda quando um casulo de bicho-da-seda caiu de uma amoreira dentro de sua xícara de chá. Depois de experimentar algumas vezes, ela finalmente conseguiu tecer o filamento da seda em um pedaço de tecido.
A seda era considerada a mais valiosa mercadoria da China, e gerou a famosa Rota da Seda, a mais importante rota comercial da época. A manufatura da seda era um segredo de estado, muito bem guardado até 300 d.C., quando se tornou conhecida na Índia, ou seja 3000 anos após sua descoberta pelos chineses.
Algodão
Os filamentos de algodão, que correspondem à mais famosa das fibras têxteis naturais, são constituídos por uma substância química chamada celulose, que é um polímero de fórmula ( C6H10O5 )n. Em 1793, Eli Whitney inventou o primeiro descaroçador de algodão, resolvendo uma das etapas mais problemáticas de sua utilização, a separação de fibras e sementes.
Embora não seja cultivado de modo generalizado em todo o território, o algodão, até 1980, estava classificado entre as sete primeiras culturas no tocante ao valor de produção. O algodoeiro é muito susceptível à concorrência de ervas daninhas. Por essa razão ele deve ser mantido no limpo, isto é, livre das ervas daninhas desde a semeadura até próximo à colheita. Por sua vez, a terra, quando escarifícada superficialmente proporciona maior arejamento às raízes da cultura.
O algodoeiro, em sua estrutura, apresenta maior quantidade de nitrogênio e potássio que de fósforo; porém, sabe-se experimentalmente, que a necessidade de provisão desse elemento no solo é, no geral, bem maior que a dos outros.
Realizado o descaroçamento, as fibras mais curtas destinam-se à produção do algodão de uso doméstico e hospitalar. As mais longas são transformadas em fios, que seguem para teares apropriados, onde são convertidos em tecidos. Estes recebem um tratamento especial para branqueamento e depois para tingimento. Por meio desse procedimento, pode-se aproveitar, além da celulose do algodão, também a do linho e da juta, que já se apresentam naturalmente na forma de fibras adequadas para o tear.
O algodão, que é considerado a mais importante das fibras têxteis, naturais ou artificiais, é também a planta de aproveitamento mais completo e que oferece os mais variados produtos de utilidade.
No Brasil, desde que começou a tomar aspecto de cultura econômica, o algodão tem sempre figurado no grupo vanguardeiro das atividades que carreiam divisas para o País.
O algodoeiro, em sua estrutura, apresenta maior quantidade de nitrogênio e potássio que de fósforo; porém, sabe-se experimentalmente, que a necessidade de provisão desse elemento no solo é, no geral, bem maior que a dos outros.
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